ITABIRA E REGIÃO

Inquérito epidemiológico de COVID 19 é apresentado em Iatbira

Ontem o prefeito Ronaldo Magalhães e a secretária municipal de Saúde, Rosana Linhares, apresentaram o relatório do Inquérito Epidemiológico da Covid-19, realizado em Itabira entre junho e setembro deste ano.

Para o desenvolvimento deste estudo a Prefeitura firmou parceria com a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) campus Itabira – apoio da reitoria, diretores e corpo docente – e com a empresa Vale, que viabilizou o projeto de pesquisa disponibilizando os testes rápidos, profissionais de saúde e veículos para testagem.

“O Município de Itabira, com muita responsabilidade, trabalhou em 2020 o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (covid-19). No entanto, é uma doença nova e o quadro clínico, bem como sua história natural completa, estão sendo estudados e conhecidos aos poucos, à medida que acontecem e são apurados”, ressaltou Rosana Linhares.

A secretária explicou ainda que muitas vezes, por ainda não se ter clareza do desenvolvimento da pandemia no Brasil, no estado e na própria cidade, são adotados parâmetros e estudos internacionais. Portanto, segundo ela, diante deste cenário incerto e dinâmico, a Prefeitura de Itabira, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), julgou imprescindível a realização de um estudo científico para conhecer o cenário epidemiológico da doença em Itabira e analisar os indicadores de controle da pandemia, possibilitando, então, a readequação das medidas de contenção do vírus para ampliar a proteção da população e dos trabalhadores.

Estudo

Para o trabalho de contenção da pandemia do SARS-CoV-2, a SMS deu importância ao planejamento estratégico com base em dados confiáveis e evidências científicas. Foram utilizados testes rápidos para se fazer as testagens e, concomitantemente, foi realizada uma pesquisa para entender como está o comportamento das pessoas durante a pandemia.

A amostragem foi definida considerando as populações dos territórios das equipes da estratégia de saúde da família já estabelecidas no município. A amostra foi estratificada por sexo e idade e totalizou 9.887 pessoas investigadas. Com os resultados dos testes e da pesquisa, estimou-se possíveis parâmetros epidemiológicos da covid-19 no município como forma de embasar critérios técnicos nas tomadas de decisões da gestão pública no enfrentamento da pandemia.

Rosana Linhares citou que a realização deste estudo evidenciou que a testagem e o inquérito epidemiológico são formas eficazes de levantar dados mais confiáveis sobre a evolução da covid-19 entre os diversos estratos sociais do município.

Na oportunidade, a secretária agradeceu, também, aos servidores das equipes de Saúde da Família e da Central de Monitoramento Covid-19 pelo “brilhante” envolvimento. “A pandemia em Itabira, assim como em qualquer lugar, exige vigilância constante para acompanhar a evolução e recuperação de casos confirmados e os óbitos por coronavírus no município. Não é um trabalho fácil, exige muito esforço dos gestores, das equipes e cooperação da população. Mas, é possível, sendo que o resultado são vidas preservadas”, avaliou.

Os parâmetros epidemiológicos, tais como taxas de reprodução (Rt) e outros são fundamentais para a projeção de cenários da evolução da covid-19 no município. “Assim, as projeções com base em modelagem estatística e matemática deve orientar os gestores públicos em suas tomadas de decisões quanto às intervenções sociais e sanitárias, demandas hospitalares e outras medidas”, esclareceu Rosana Linhares.

Durante o inquérito, a estimativa da Rt permaneceu próximo de 1, com valor final estimado de 0.95, mantendo, assim, um ritmo de contágio controlado. Para A secretária de Saúde, “a manutenção do Rt nesse patamar, através de diversas ações aplicadas no município, contribuiu fortemente para o controle da pandemia em Itabira garantindo índices de letalidade e mortalidade reconhecidos entre os melhores do estado e do país, o que por si só já valorizou todo esforço dos parceiros e da Secretaria Municipal de Saúde”.

Já o prefeito Ronaldo Magalhães destacou que os dados deste inquérito parecem confirmar relatos da literatura e da própria mídia, quando estabelece que os assintomáticos podem representar uma dificuldade na redução da disseminação do contágio. “Os indivíduos vetores não sabem que estão com o vírus e que oferecem riscos a outros indivíduos. Nesse sentido, a Prefeitura, o Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes Itabira) e a Comissão de Enfrentamento ao Coronavírus (CMEC) cumpriram o papel com louvor até esse momento, para os quais, inclusive, deixo sinceros agradecimentos, assim como aos parceiros Vale e Unifei”, finalizou.

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