POLÍTICA

Aproximadamente 400 milhões de reais em dinheiro público foram gastos em 2018 com os estádios da copa no Brasil em 2014

Estádio mais caro em 2014 Mané Garrincha em Brasilia custou 700 mil por mês ao governo do DF
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Apenas em 2018, quatro anos após o fim da Copa do Mundo no Brasil, quase R$ 400 milhões saíram dos cofres públicos para cobrir gastos com estádios construídos para o Mundial.

Até arenas consideradas sucesso de público, como o Mineirão, ainda dão dor de cabeça aos governos estaduais.

Em 2014, para que a Copa fosse viabilizada, foram gastos R$ 8,3 bilhões em estádios, segundo dados do Ministério do Esporte.

O BNDES financiou boa parte do montante — e, em muitos casos, os empréstimos foram tomados por governos estaduais, sozinhos ou em parcerias com o setor privado (PPPs).

Em três casos, o pagamento anual dos governos para diminuir o montante dos empréstimos supera os R$ 100 milhões: Mineirão (R$ 132 milhões, Arena das Dunas (R$ 120 milhões) e Fonte Nova (R$ 108 milhões).

Os três são administrados por concessionárias ligadas às empreiteiras responsáveis pela sua construção.

A Arena Fonte Nova recebe os jogos do Bahia, que está na Série A, mas a Arena das Dunas depende exclusivamente do América de Natal, que tem média de público menor do que quatro mil torcedores. É um dos estádios que buscou alternativas completamente fora do escopo inicial para manter o local ativo diariamente, recebendo eventos como o Carnatal, além de festivais de música, feiras de negócios e até festas universitárias.

— A adoção do modelo multiuso tem o propósito de tornar os espaços mais atrativos e ampliar o público de interesse para além do futebol — diz Italo Mitre, presidente da concessionária que administra o estádio em Natal.

Elefantes brancos em Natal, Cuiabá e no DF

Estados que adotaram outras fórmulas para assegurar os jogos da Copa e assumiram o controle do estádio também não conseguem sair do prejuízo. Arena que desde antes da reforma já era apelidada de “elefante branco”, o Mané Garrincha, em Brasília, custou, em 2018, R$ 700 mil por mês aos cofres do DF.

A Arena Pantanal, no Mato Grosso, gera um gasto anual de R$ 3 milhões ao estado. O principal clube é o Cuiabá, que subiu este ano para a Série B.

Arena Pantanal quase não recebeu jogos no ano passado.
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Fla quer Maracanã

Segundo a concessionária do Maracanã, que desde a reforma é quem adiministra o estádio, todos os investimentos realizados desde o início da concessão foram privados. Por isso, a empresa assumiu todos os prejuízos desde 2013, que já somam cerca de R$ 200 milhões. Em setembro do ano passado, uma decisão judicial cancelou a concessão.

O governo estadual tenta realizar nova licitação em busca de interessados na gestão do estádio. Presidente eleito do Flamengo, Rodolfo Landim, já demonstrou interesse em participar da administração.

— O Flamengo quer ter participação na gestão do Maracanã, até porque entende que o Maracanã não vai se sustentar sozinho — disse Landim, que já conversou sobre o estádio com o governador Wilson Witzel.

FONTE: ESPN

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