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Mortes por dengue crescem 160% em maio

As mortes por dengue em Minas cresceram 160% apenas em maio. No primeiro boletim publicado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) dia 7, eram 25 óbitos. Nesta terça-feira (27), as notificações saltaram para 65 em um intervalo de três semanas. Outras 113 estão sob investigação.

Os casos prováveis – soma dos confirmados e suspeitos – também explodiram no mesmo período. Hoje, mais de 341 mil pessoas podem estar infectadas pelo vírus no território mineiro, aumento de mais 130 mil em 21 dias. 

Desde 2010, os únicos anos que tiveram registros superiores aos atuais foram 2016, com 519 mil, e 2013, com 414 mil. Para a coordenadora do curso de enfermagem das Faculdades Promove, Débora Gomes Pinto, os números tendem a aumentar ainda mais no Estado.

Conscientização

A docente afirma que vários fatores podem contribuir para a elevação das notificações. Um deles é a falta de colaboração da população, que sabe da necessidade de eliminar criadouros do mosquito, mas, muitas vezes, ignora o perigo.

Outro ponto destacado por Débora é o clima favorável à reprodução do vetor. “Comparado a São Paulo, por exemplo, a temperatura aqui é maior e, portanto, mais favorável. Há também estudos que correlacionam os desastres de Mariana e Brumadinho (ambos na região Central) com essas epidemias. O desequilíbrio ambiental causado por esses episódios pode ter aumentando a quantidade de mosquitos”, afirma a professora.

Alerta

Uberlândia lidera a lista de municípios com mais mortes até o momento. São 11 óbitos na localidade do Triângulo Mineiro. Em seguida, vem Betim, na Grande BH, também com 11 casos, e Belo Horizonte, com nove.

De acordo com a SES-MG, Minas está “em situação de alerta” para as doenças transmitidas pelo vírus. Além da dengue, foram 2.014 casos prováveis de chikungunya em 2019 e 987 de zika.

Por nota, a secretaria informou que tem adotado uma série de medidas de apoio às cidades que apresentam aumento de pacientes com as doenças. Uma delas foi a decretação de “Situação de Emergência em Saúde Pública” nas cidades das macrorregiões Centro, Noroeste, Norte, Oeste, Triângulo do Norte e Triângulo do Sul.

Com informações do Hoje Em dia.

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