ALMG esquece das cidades do interior no combate ao COVID 19
Sem uma vacina contra o coronavírus, que não se sabe quando será descoberta e nem disponibilizada no país, a informação de qualidade torna-se uma das maiores armas da população mundial, brasileira e mineira no combate à Covid-19. O Brasil ultrapassou a marca de um milhão de casos da doença e mais de 50 mil mortes pelo vírus.
Minas Gerais tinha, até a última sexta-feira (19), 600 mortes pela pandemia de coronavírus e mais de 26 mil casos confirmados da doença.
Como maior estado do Brasil em número de municípios, Minas Gerais tem 853 municípios. A Região Metropolitana de Belo Horizonte reúne 34 cidades, com cerca de seis milhões de habitantes, que representam apenas 28,6% da população mineira, de pouco mais de 21 milhões de habitantes. Isso demonstra que os outros cerca de 15 milhões de habitantes estão espalhados nas demais 819 cidades do interior do estado.
Informar a toda a população do estado, sem discriminação, sobre as formas de se evitar o contágio da doença é uma das ferramentas fundamentais para salvar vidas e garantir o desenvolvimento do país e do estado.
A Associação Mineira de Rádio e Televisão (AMIRT) e o Sindicato dos Proprietários de Jornais, Revistas e Similares do Estado de Minas Gerais (SINDIJORI) solicitaram informações sobre essa campanha da Diretoria de Comunicação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, mas não obtiveram respostas. Desde fevereiro, o SINDIJORI tenta, sem sucesso, uma audiência com o presidente da Assembleia, Agostinho Patrus, para falar sobre o assunto. Essas entidades, que reúnem cerca de 800 jornais, revistas, rádios, televisões e sites de notícias no estado, estimam que o valor dessa campanha da ALMG supere R$ 1,5 milhão.
Por que essa discriminação por parte da ALMG contra 15 milhões de mineiros? Os cidadãos e as cidades das demais regiões de Minas valem menos do que Belo Horizonte e Região Metropolitana?