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Gastos com medicamentos em Minas sobem quase 21%

Foto arquivo – Radio Nova 93FM

 

O setor de saúde movimentou em Minas Gerais cerca de R$ 43,4 bilhões em 2022. Deste total, os gastos com medicamentos chegaram à ordem de R$ 20,4 bilhões. As despesas com remédios no Estado foram 20,7% maiores no ano passado na comparação com 2021, quando foi apurado R$ 16,9 bilhões. Os dados fazem parte de um estudo divulgado pela consultoria IPC Maps nesta semana.

A outra parte do montante total, R$ 22,9 bilhões, representa a movimentação de gastos com planos de saúde, tratamento médico e serviços odontológicos. O mesmo estudo aponta que, atualmente, do orçamento das famílias brasileiras, cerca de 3,2% são destinados para a aquisição de medicamentos.

Para o responsável pela IPC MapsMarcos Pazzini, dois fatores explicam essa alta em Minas. “O primeiro é a questão da inflação, que elevou o custo dos remédios não somente no Estado, mas em todo o País. Já a segunda questão é o envelhecimento da população. À medida que cresce essa fatia do envelhecimento populacional, mais será necessário o consumo de remédios, itens para tratar de hipertensão, diabetes, entre outros”, justifica.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), o Estado de Minas Gerais está entre as unidades da federação com o maior volume de idosos do País. Até o último senso realizado em 2010, cerca de 3,7 milhões de pessoas com mais de 60 anos viviam em Minas Gerais. “A estimativa é que a população idosa cresça ainda mais, portanto é uma tendência a elevação do consumo de remédios em Minas”, acrescenta Marcos Pazzini.

Novo reajuste nos preços ocorre no começo de abril

No sábado (1º), o preço de medicamentos no Brasil sofreu novo reajuste. Desta vez, a alta foi de 5,6%, segundo determinação da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). A informação foi divulgada pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) nesta semana.

Para o reajustamento do preço, foi calculado pelo órgão vinculado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o índice de reajuste anual de preços de medicamentos. O índice, apesar de ainda não ter sido anunciado, compõe uma formulação cujo fator é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 anos.

O aumento passa a vigorar a partir da publicação no Diário Oficial da União (DOU) na segunda-feira (3). Já a prática dos novos preços será gradativa, de acordo com a adesão do setor da indústria farmacêutica e do comércio farmacêutico.

Fonte: Amirt

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