Juiz mantém decisão da CBF e Cruzeiro x Palmeiras no Mineirão será com portões fechados
A Justiça de Minas Gerais indeferiu o pedido do governo estadual e do Ministério Público para que o jogo entre Cruzeiro e Palmeiras, marcado para esta quarta-feira (4), no Mineirão, fosse realizado com torcida única. A decisão judicial mantém a determinação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de realizar a partida com portões fechados.
Na decisão, o juiz Ricardo Sávio de Oliveira, da 1ª Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte, entendeu que a CBF possui autonomia para tomar suas decisões e que a manutenção da partida com portões fechados é a medida mais adequada para garantir a segurança e o equilíbrio técnico entre as equipes. O magistrado também destacou que não haveria tempo hábil para colocar os ingressos à venda caso a medida fosse concedida.
“Para mais, o parecer aviado pelo órgão ministerial e a nota técnica expedida pela Polícia Militar de Minas Gerais ora apresentados não possuem caráter vinculativo, mas meramente sugestivos e de recomendação, devendo a CBF acompanhar ou não, na medida de seu entendimento e conveniência. Posto isso, entendo que a CBF possui autonomia e legitimidade para exarar suas decisões, dentro do limite de sua competência, no livre exercício de sua discricionariedade”, detalhou.
Jogo com ambas as torcidas
A CBF havia manifestado o desejo de que a partida fosse realizada com a presença das torcidas de ambos os clubes, argumentando que a medida seria necessária para preservar princípios como a isonomia e a igualdade de oportunidades. A entidade também ressaltou que o jogo do primeiro turno, realizado em São Paulo, contou com a presença das duas torcidas.
Decisão motivada por episódios de violência
A decisão da CBF de inicialmente determinar que a partida fosse realizada com portões fechados foi motivada por episódios de violência entre torcedores de Cruzeiro e Palmeiras, como a emboscada ocorrida em outubro na Rodovia Fernão Dias, que resultou na morte de um torcedor cruzeirense.
Fonte: Hoje Em Dia