Morte por afogamento cresce em Minas
De janeiro a novembro, 499 mineiros perderam a vida em piscinas e cursos d’água, número 16% maior se comparado ao mesmo período de 2017. A situação preocupa ainda mais nesta época do ano, devido às férias e temperaturas elevadas.
As estatísticas do Corpo de Bombeiros são consideradas alarmantes pelos próprios socorristas e médicos, pois, segundo eles, os óbitos podem ser evitados. Um dos principais riscos é o celular. O telefone se tornou vilão na busca pelo melhor ângulo na foto ou por distrair adultos que deveriam estar olhando as crianças.
“Ele tira a atenção. O ideal é ir em locais em que há salva-vidas ou bombeiros. Mas não são eles os responsáveis pelas crianças”, afirma o aspirante da corporação Robson Aparecido George. O militar também reforça a preocupação para o uso de bebida alcoólica. “É uma combinação incorreta. Além disso, as pessoas devem evitar locais desconhecidos e ficar perto das margens. A maioria dos acidentes acontece por desconhecimento do local”.
Uma pesquisa com dados coletados em 2016 pelo Datasus – departamento de informática do Sistema Único de Saúde – mostra que o afogamento é a principal causa de morte acidental de crianças de 1 a 4 anos.
Conforme os Bombeiros, as ocorrências envolvendo os menores de 10 anos são mais comuns em piscinas. Já os casos que têm como vítimas adolescentes e adultos se concentram em rios, cachoeiras e praias. A corporação reforça a necessidade da presença de um maior de idade enquanto as crianças estão na água.
“Respeite as placas de sinalização. Se há alerta de perigo, obedeça. E em caso de afogamento, não corra riscos. O correto é jogar um objeto que flutue: uma garrafa PET, um isopor ou madeira e, depois, salvar a pessoa”, acrescenta o aspirante.
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