Sem nenhum paciente hospitalizado, Itabira apresenta 164 casos de Covid-19
O boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (26) apresentou 164 casos já confirmados de Covid-19 em Itabira. A elevação do número de casos deve-se ao aumento da testagem da população pelos testes adquiridos pela Prefeitura e por empresas. Nos exames realizados na rede privada a informação só passa a constar no boletim epidemiológico do município após o recebimento, pela Vigilância Epidemiológica, da notificação do caso e da cópia do resultado do exame. O repasse da informação é compulsório, ou seja, a empresa é obrigada a notificar a autoridade de saúde do município.
Mas, ao mesmo tempo em que o município elevou o número de confirmados, não há, até o momento, paciente itabirano internado em decorrência do novo coronavírus. Todos os novos casos confirmados estão em isolamento domiciliar.
Em Itabira, há um paciente do município de Caeté com Covid-19 internado no Hospital Nossa Senhora das Dores.
Em tempo
Para ampliar a detecção do novo coronavírus em Itabira, a Prefeitura adquiriu, em abril, 10 mil kits diagnóstico de Covid-19. Os testes são importados e foram fornecidos pela Medlevensohn, empresa brasileira de distribuição de produtos e equipamentos médico-hospitalares.
A SMS destaca que, desde a chegada da doença no município, realiza os testes de RT-PCR (considerado padrão ouro para detecção do novo coronavírus), com encaminhamento para a Fundação Ezequiel Dias (Funed), e por meio de contrato com laboratórios locais, seguindo os protocolos do Ministério da Saúde.
Se o resultado do teste rápido for positivo isso indica que o paciente está com Covid-19?
Não. Testes rápidos positivos indicam que o paciente teve contato recente com o vírus (IgM) ou que já teve Covid-19 e está se recuperando ou já se recuperou (IgG), uma vez que indicam a presença de anticorpos (defesas do organismo). No entanto, os anticorpos só aparecem em quantidades detectáveis nos testes pelo menos oito dias depois da infecção.
E se der negativo?
Testes rápidos (IgM/IgG) negativos indicam que o paciente não tem anticorpos contra a Covid-19. Considerando que esses anticorpos somente surgem em quantidade detectáveis alguns dias (pelo menos oito) depois da infecção, o teste somente tem alguma significância após esse período. Se sua carga imunológica (quantidade de anticorpos) for baixa, o teste pode ter um falso negativo.
Se os testes rápidos não têm precisão diagnóstica, qual sua função?
Os testes rápidos (IgM/IgG) são importantes sobretudo no mapeamento do status imunológico de uma população (que já teve o vírus ou foi exposta a ele). É um mecanismo que contribui para avaliar medidas restritivas e de controle da pandemia.
Quem e como está sendo testado em Itabira?
O teste RT-PCR, de análise laboratorial, é feito em pacientes com síndrome respiratória aguda grave, hospitalizados ou de óbitos suspeitos. Também são testadas as pessoas de grupos de riscos que acionarem os serviços de saúde: idosos, gestantes, puérperas (mulheres que deram a luz há pouco tempo), doentes cardíacos, renais, crônicos ou com diabetes, e aqueles privados de liberdade. Pode ser feito também por amostragem.
Os testes rápidos são realizados pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde aos pacientes de síndrome gripal leve que apresentarem critérios para essa testagem, como surgimento de sinais e sintomas há oito dias ou mais.
No entanto, até o sétimo dia de início dos sintomas, a Saúde está testando os pacientes com testes rápidos para Influenza (H1N1) nas portas de entrada, como unidades básicas de saúde. Se der positivo, o paciente será tratado no protocolo de H1N1; se negativo, é notificado como em monitoramento para Covid-19 e colocado em isolamento domiciliar. Após oito dias de início dos sintomas, esse paciente será avaliado em teste rápido.
Tem prioridade para o teste rápido os profissionais de saúde e outros trabalhadores vinculados ao serviço, privados de liberdade, ou por amostragem.